sexta-feira, 23 de outubro de 2020

GÊNESIS PROFÉTICO - PARTE 3

 Passado bastante tempo, um caldeu, nativo da cidade mesopotâmica de Ur, chamado Abrão, da Linhagem de Sem ( que foi abençoada pelo Eterno em Gn 9 : 26 ), é vocacionado pelo Senhor a sair de sua região e migrar para uma terra que seria mostrada pelo próprio Altíssimo a ele. Assim é dito, em Gn 12:1-3 "Ora, o SENHOR disse a Abrão: sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de seu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra" 


   Abrão saiu juntamente com sua mulher, Sarai, e o filho de seu irmão, Ló, para a terra de Canaã, lugar o qual o Senhor prometeu dar à sua descendência e onde ele edificou um altar/coluna ao Eterno, chamando-o de Betel ( בתל ), cujo significado é "cidade de Deus", que, posteriormente, seu neto Jacó, iria ungir.
  Novamente, prosseguindo rumo a Canaã, Abrão erige outro altar ao Senhor, agora em Manre, próximo a Hebrom, quando esse já estava avançado em idade. Sem esperanças quanto a se ter um descendente ao qual outorgar a herança, Abrão estava determinado em dá-la a seu servo Eliézer. É neste momento em que o Senhor revela a Abrão que haveria de nascer-lhe um descendente. Vejamos o que nos é dito em Gn 15:3-5, "Disse mais Abrão : A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será meu herdeiro. A isto respondeu logo o Senhor, dizendo : Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse : Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse : Será assim a tua posteridade

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

GÊNESIS PROFÉTICO - PARTE 2

Paz do Senhor Yeshua! Vamos dar prosseguimento ao estudo profundo de Gênesis.

        A depravação decorre da desobediência do homem, em experimentar o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, sob o sofisma, subterfúgio, argumento evasivo utilizado pela serpente à mulher de que se tornaria, junto com o homem, semelhante a Deus, detendo a ciência do bem e do mal. Por consequência, A MORTE FÍSICA/ESPIRITUAL enfermou a todos os homens. A natureza sofreu e sofre ainda com a horripilante mudança promovida pelo pecado no seu estado natural, onde cujos animais selváticos devoram uns aos outros ( origem da cadeia alimentar ), além todas as árvores produzirem espinhos ( Rm 8 : 20-22 ). Ao pecar, os olhos de ambos foram "abertos", sabendo, agora, que estavam nus. Para cobrir a nudez, tomaram para si ramos de figueira e os transformaram em aventais para vestimenta. A posteriori, o Senhor procurou pelo homem, e este, respondendo, disse que havia se escondido por estar envergonhado de sua nudez. Após ser perguntado sobre quem lhe havia dito que estava nu, alegou que a mulher, a que se lhe tinha dado por esposa, o enganou. Vemos, então, a partir daí, um tremendo cenário profético sendo preparado.
     O Senhor afirma que, devido à desobediência dos dois, A TERRA SE TORNARIA MALDITA e que o homem, com o suor de seu rosto e o árduo trabalho, havia de comer os frutos dela. Em simultâneo, Ele amaldiçoa a serpente, figura satânica, afirmando que sobre seu ventre rastejaria e PÓ COMERIA TODOS OS DIAS DE SUA VIDA. Finalmente, o Senhor afirma que a descendência da mulher iria esmagar a cabeça da serpente, e que essa, iria ferir-lhe o calcanhar.

INTERPRETAÇÃO :
Já avistou alguma serpente comer pó ? Tenho certeza que não! Essa é uma linguagem profundamente espiritual, ainda mais quando percebemos que o homem foi formado pelo pó da terra e que, ao morrer, torna a ser pó ( Gn 3:19 ) e também que o que o mortifica física e espiritualmente é o pecado. Sendo a serpente uma figura claramente satânica, podemos já concluir que o DIABO SE ALIMENTA DA MORTE FÍSICA/ESPIRITUAL. Agora, vemos a descendência da mulher esmagando a cabeça da serpente. Alguém, que descenderia da linhagem de Eva, seria o Messias que traria a destruição ao Mal. Sobretudo, está nítido que há a segregação entre a Linhagem Messiânica e a Linhagem Diabólica.
  O diabo, por não ser onisciente, sabia do sentido daquela maldição lançada sobre si por Deus e, não obstante, ficou turbado por desconhecer de quem se tratava o descendente prometido que lhe havia de destruir. Movido pela emoção, induziu a Caim matar a Abel, insinuando ser ele o descendente. O próprio apresentava características do perfil de Cristo, porém não era ele. Ao longo da história, sempre pudemos ver a batalha dessas duas Linhagens. É a guerra travada entre os filhos da carne e os filhos do Espírito mencionados por Paulo em Romanos 9:6-8.
      Por conclusão, veremos nos próximos estudos o surgimento da tão prometida Descendência Messiânica. Abraço!  

domingo, 11 de outubro de 2020

GÊNESIS PROFÉTICO - PARTE 1

 A paz do Senhor Yeshua esteja conosco! Nesse estudo introdutório às profecias, que compõem a sobrenaturalidade das revelações de Deus, iremos ver o quão nosso Pai Celestial é Maravilhoso naquilo que faz. Ele insiste em deixar coisas ocultas até na própria Criação, o que veremos agora.


"Os 7 dias da Criação" - Sabemos que o Senhor criou todas as coisas num período temporal de 7 dias, de modo que, em 6 dias, executou sua obra e, ao 7º dia, descansou. Mas, vejamos o que afirma o Salmo 121: 4 : "É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel". Então, porque a dita passagem afirma a infinita vitalidade do Criador, se Este descansou ao 7º dia ? Estaria a Sagrada Escritura sendo incoerente, incoesa quanto às suas afirmações ? Claro que não! Antes, a atitude do Senhor em descansar de suas obras estaria nos conduzindo, norteando nossos olhos para eventos futuros que iriam suceder; sobretudo, para uma linda e maravilhosa história de AMOR que, de modo proposital, deixou em oculto, ao passo que sabia que nós, sua igreja, iríamos entender tal mensagem ao transcorrer dos tempos.
     Toda a história da humanidade está diposta nestes 7 dias. Assim diz Pedro, em 2Pedro 3:8 : "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia."
Caso déssemos uma profunda visualização na semana da criação, veremos tratar-se, na verdade, de uma SEMANA MILENAR. Concluímos isso porque ao longo dos milênios da história da humanidade, o Senhor fez alianças com nossos ancestrais. Vamos detalhar isso :

1º DIA / MILÊNIO - aliança com Adão - Gn 1:28
2º DIA / MIILÊNIO - aliança com Noé - Gn 9:1
3º DIA / MILÊNIO - aliança com Abraão - Gn 12 : 1-3
4º DIA / MILÊNIO / Criação dos Luzeiros - aliança com Davi / direção a Cristo - Ml 4:2 / 2Sm 7:8-16 /  Sl 110 : 1
5º E 6º DIAS / MILÊNIOS - Tempo da Edificação / Cristo em 2 mil anos no Sumo Sacerdócio Celestial
7º DIA / MILÊNIO - ano sabático / descanso do Senhor / Reino Milenar Messiânico - Hb 4:9

Percebemos que há um lapso temporal de um milênio entre cada aliança de Deus com os patriarcas.
Interessante perceber de que maneira a criação dos Luzeiros ao 4º dia da criação nos reporta à primeira vinda de Cristo. No texto indicado de Malaquias 4:2 é profetizado o nascimento do Sol da Justiça, o qual traria consigo a salvação, cuja palavra em hebraico é Yeshua, estando tais termos estritamente conexos ao Messias, uma vez que este havia de iluminar, esclarecer, a Lei. Mas porque sua vinda consistia, além de tudo, neste propósito ? Porque a Lei estava em sombras, obscurecida pelo coração humano depravado e endurecido.